04/10/2010 | 08h20 | Resposta
Eleitor pune nas urnas candidatos fichas-sujas
Fonte: www.pernambuco.com
A indefinição sobre o futuro dos candidatos enquadrados na Lei da Ficha Limpa mudou o quadro político que vinha se desenhando ao longo dos meses em alguns estados. Candidatos que apareciam bem nas pesquisas no início da campanha terminaram a disputa sem votos suficientes para disputar o segundo turno, nos casos dos governadores, ou sem chances de aparecer entre os dois mais votados na disputa ao Senado. Fugiram à regra Jader Barbalho (PMDB-PA) e Cassio Cunha Lima (PSDB-PB). Ambos esquentaram a briga por uma vaga de senador, apesar de ter sido barrados pela Justiça Eleitoral. A quantidade de votos que receberam fez com que os nulos computados, entre os quais se incluíam os deles, fossem superior ao número de votos dos demais candidatos.
Na lista de abandonados pelos eleitores na última hora está o candidato ao governo de Rondônia, Expedito Júnior (PSDB), que iniciou a disputa liderando as intenções de votos. Na melhor fase da sua campanha, ele chegou a aparecer vencendo o pleito já no primeiro turno. No domingo, as urnas surpreenderam e o colocaram em terceiro lugar. Com os votos recebidos computados como nulos, o tucano nem precisou esperar a divulgação para saber que as coisas para ele tinham dado errado. Confucio Moura (PMDB) e João Cahula (PPS) atingiram 80% dos votos e vão para o segundo turno.
Em Santa Catarina, o candidato barrado Rogério Novaes (PV) também não chegou nem perto de atrapalhar a vitória de Raimundo Colombo (DEM), que venceu já no primeiro turno com 52,7% das intenções de votos. Ele foi considerado ficha-suja porque teve suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) quando exerceu o cargo de presidente do Conselho Regional de engenharia, Arquitetura e Agronomia de Santa Catarina (CREA/SC).
No Distrito Federal, Maria de Lourdes Abadia (PSDB), barrada por ter comprado votos nas eleições de 2006, também teve desempenho nas urnas bem inferior ao que se desenhava nas pesquisas. Levantamentos apontavam que ela estava em terceiro lugar na disputa pelo Senado. O candidato a senador pelo Espírito Santo José Carlos Gratz (PSL), também não teve votos suficientes para interferir na disputa ao Senado. Depois de ser impugnado por ter sido cassado por abuso de poder político na campanha de 2002 e de ter ficado inelegível por oito anos, ele teve de assistir à vitória de Ricardo Ferraço (PMDB) e Magno Malta (PR). Juntos, eles tiveram 80% dos votos. Se Gratz tivesse recebido todos os nulos, seu percentual não passaria de 8%. Em Goiás, Adib Elias (PMDB) também não levaria uma das vagas de senador, mesmo que se livrasse das proibições da Lei da Ficha Limpa. Todos os votos nulos computados no estado chegaram apenas a 18%.
Além do Pará e da Paraíba, os votos recebidos por candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa também emperrou o resultado final na disputa pelo Senado em Rondônia. Com 99% das urnas apuradas, o cenário era indefinido, já que os votos nulos somavam pouco mais de 38%. O percentual é bem superior ao número obtido pela segunda colocada Fátima Cleide (PT), que teve 23% da preferência dos eleitores. A definição somente será dada quando forem divulgados os votos recebidos por Ivo Cassol (PP) e Melk Donadon (PHS).
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Ricardo Lewandowski, considerou que o cenário das vitórias nesta eleição representam um sinal de que a Lei da Ficha Limpa tem valido a pena. "Estamos convencidos que essa lei prestou um serviço importante", disse. Segundo ele, todos os recursos apresentados pelos candidatos enquadrados nas proibições da norma devem ser julgados antes da diplomação.
Do Estado de Minas
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010
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