Prefeitura vai contratar 160 auxiliares de classe com ensino médio
19/08/2009
Da Redação
Fonte: www.cotiatododia.com.br
A aprovação de projeto de lei autorizando a prefeitura a contratar auxiliares de classe por meio de concurso público, provocou forte reação da oposição na Câmara Municipal de Cotia, nesta terça-feira (18).
O projeto, aprovado com apenas o voto contrário de Toninho Kalunga (PT), prevê a contratação de 160 auxiliares de classe para atuarem nas salas de educação infantil das escolas municipais. A única exigência para prestar o concurso é ter ensino médio completo. O salário é de R$ 735,00.
De acordo com o projeto, caberá aos auxiliares de classe, receber os alunos, auxiliar na alimentação e higiene das crianças entre outras atividades.
O vereador Kalunga questionou a não exigência de qualificação técnica para o exercício da função e propôs uma emenda estaelecendo que o candidato à vaga deveria ter no mínimo formação em magistério ou curso superior de pedagogia em andamento. A emenda foi rejeitada, segundo ele sob a argumentação de que uma pessoa com esta qualificação não se submeteria a trabalhar oitos horas por dia com este salário.
"O projeto, de iniciativa da prefeitura, esconde em sua boa intenção uma bomba relógio!", diz Kalunga. "Qualquer pessoa, que esteja desempregada, que tenha concluído o segundo grau, poderá, se passar no concurso público, entrar dentro de uma sala de aula, para ajudar um professor de ensino infantil, a conduzir uma aula. Já imaginou a qualidade disso?", continua o vereador.
A Secretaria de educação de Cotia rebate o argumento do vereador dizendo que " o cargo de auxiliar foi criado para ajudar na alimentação e higiene dos alunos. Na falta do professor esse auxiliar não assume a sala de aula, pois existem os professores adjuntos que exercem essa função, dessa forma o auxiliar não necessita de formação na área de educação".
Ainda segundo a Secretaria, os auxiliares, assim que contratados, serão capacitados por enfermeiros e constantemente orientados pelos mesmos.
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
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2 comentários:
Existe sim a necessidade de se contratar funcionários para esse trabalho, pois nas classes de educação infantil chega a ter 30 crianças para uma professora.Porém, lidar com crianças não é o mesmo que lidar com papéis ou outras coisas. Trata-se de seres humanos que precisam de carinho, dedicação, atenção e pessoas bem treinadas para o cargo.Seria muito mais correto a prefeitura contratar profissionais com magistério ou cursando pedagogia para, além de cuidadr da higiene, auxiliar a professora para um ensino de boa qualidade. As crianças não precisam apenas de cuidados higiênicos , precisam também de CONHECIMENTO DECORRENTE DE UMA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE para se formarem cidadãos e isso não se resume em cuidados de higiene.
Além de trabalhar na educação há muitos anos, deparo-me com atitudes governamentais que me espantam! Isto é, o poder público, que deveria ser o primeiro e por lei, defender um Projeto de Educação Infantil de Qualidade, nivela a Profissão Professor (a) por baixo da miséira. Trabalhar, Cuidar e Educar crianças é muito sério.É uma questão de profissinais qualificados, bem como compromisso dos governos. São eles, os profissionais atuantes, os que possuem formação pedagógica adequada, estão preparados para exercer essa função, mesmo que a Prefeitura denomine auxiliares de classses. O Sr. Prefeito, deveria ter consciência da responsabilidade que tem com a Educação Infantil no municipio, claro precisa, urgentemente, apostar na educação de qualidade, ainda, mais se seus filhos estudam em escolas públicas, caso contrario, qualquer um serve para cuidar de crianças. "Cuidar e Educar" são conceitos complementares, vai exigir dos profissionais, preparo intelectual, conhecimento, experiência, formação etc, ou não? Bem, meus filhos não estão nesta escola, qualquer um serve para exercer essa função. Os profissionais dessa area entendende, muito bem, o quanto é importante o preparo para a profissão, mas com a oferta desse salário? Que Educação Infantil, almejamos? Não é necessário formação ou não valorizamos o profissional, pois não queremos nos comprometer com a verdade e a justiça, precisamos pagar justamente? E mais, implementar as leis que regulamentam os direitos dos trabalhadores é obrigação dos governos e dever dos profissionais, dos pais e da comunidade em geral. Essa questão de contratação, via exigir do "Grupo Consciente" e da mídia uma nova postura, gritar contra banalização da educação.
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