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segunda-feira, 11 de abril de 2011

Empresário diz que Quinzinho recebia propina

"Máfia da Merenda"
Empresário diz que Quinzinho recebia propina
07/04/2011
Da Redação, com Estadão
Fonte: Cotiatododia

Segundo matéria publicada no jornal "O Estado de São Paulo", o ex-prefeito de Cotia Quinzinho Pedroso (PDT) teria recebido propina relacionada a merenda escolar durante seu governo.

Apontado como pivô da chamada "Máfia da Merenda", o empresário Genivaldo Marques dos Santos, sócio da empresa Verdurama, uma das envolvidas no suposto esquema, relatou ao Ministério Público Estadual (MPE) supostos pagamentos de propinas e doações ilegais para campanhas eleitorais em 57 municípios, entre os quais Cotia, além de dois governos estaduais.

O assunto, abordado com destaque na imprensa nacional repercute, e a cada dia uma nova cidade aparece na lista da propina. O empresário fornece informações ao Ministério público desde 2006 em troca de redução de pena, também conhecida como delação premiada.

Além de Cotia, o MP investiga outras cidades da região, que estiveram sob administração de diversos partidos, as prefeituras de São Paulo tanto na gestão da petista Marta Suplicy como de Gilberto Kassab (DEM) aparecem na lista, além de Carapicuiba, na época sob o comando do tucano Fuad Chucre e Jandira, de Paulinho Bururu, do PT preso na semana passada por porte ilegal de arma.
O Estadão diz que teve acesso a alguns depoimentos do empresário que provam supostos pagamentos a políticos e funcionários públicos.

"Em Cotia, a propina seria de 16% sobre o faturamento mensal da SP Alimentação. O dinheiro, segundo Santos, ia para o então prefeito Joaquim Horácio Pedroso Neto, o Quinzinho, a época do PSDB. Os pagamentos seriam feitos por dois funcionários do grupo, sempre de acordo com o valor das notas fiscais dos serviços prestados à prefeitura.

Segundo o empresário o suposto esquema funcionava da seguinte maneira: as empresas formavam um cartel e combinavam preços de atuação no país. Para encobrir as propinas usavam notas fiscais frias e conseguiam verbas federais para financiar a merenda. O esquema teria movimentado entre 2008 e 2010 cerca de R$ 280 milhões no Brasil. De acordo com o informações do Ministério Publico do Estado, publicadas na Revista Exame, " as empresas se aproximavam dos candidatos a prefeito e ofereciam dinheiro para suas campanhas. Santos teria confirmado aos promotores que o financiamento ilícito das campanhas era feito em troca do compromisso do candidato de, se eleito, terceirizar o fornecimento de merenda escolar. E assim o esquema de corrupção se perpetuava.

Quinzinho Pedroso, por telefone, nega as afirmações de Santos. "Nunca falei com esse empresário, não recebei nenhum dinheiro e nunca tive campanha financiada". Segundo o ex prefeito a empresa passou a fornecer merenda para Cotia após vencer uma licitação. "Estou inteiramente à disposição da Justiça que pode quebrar meu sigilo telefônico e bancário", completa. "Esta afirmação é leviana, se ele falou terá de provar".

O esquema da merenda escolar foi descoberto na investigação sobre o suposto cartel do setor feita pelos promotores Silvio Antônio Marques, da Defesa do Patrimônio Público e Social, e Arthur Pinto de Lemos Junior, do Grupo de Atuação Especial e Repressão à Formação de Cartéis e Lavagem de Dinheiro (Gedec). Eles obtiveram grampos telefônicos que mostravam o diretor de uma das empresas - a Verdurama - negociando propinas.

Cotia vai rescindir contrato com SP Alimentos
A prefeitura de Cotia mantém um contrato de mais de R$ 5 milhões com a SP Alimentação para o fornecimento de merenda. Este ano, segundo o Portal da Transparência Municipal já efetuou dois pagamentos de R$ 410 mil reais à empresa. E agora diz vai rescindir o contrato com a empresa.

Francisco Festa, consultor jurídico da Prefeitura, diz que a decisão do prefeito Carlão Camargo é irrevogável mas não está motivada pelas denúncias e que já vinha sendo estudada a algum tempo e foi uma decisão puramente administrativa. "Se irregularidades foram confirmadas tomares todas as providências.

Festa diz que o contrato será avaliado juridicamente. Para não interromper o fornecimento de merenda às escolas, a prefeitura poderá contratar uma empresa a título de emergência e também estuda a gestão direta da merenda. "Uma coisa é certa, o prefeito vai garantir a qualidade da merenda", diz ele.

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